quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

UFRJ receberá R$ 8 milhões por ano para projetos sustentáveis



 Felipe Werneck


 A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) terá um acréscimo de cerca de R$ 8 milhões por ano em seu orçamento para investir exclusivamente em projetos de infraestrutura sustentável no câmpus da Ilha do Fun­dão, zona norte. Os recursos virão do Fundo Verde de Desenvolvimento e Energia para a Cidade Universitária. Segundo decreto estadual publicado em 2012, a UFRJ receberá de volta o valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) pago na conta de luz do câmpus.



Está prevista a instalação de placas fotovoltaicas para produ­ção e uso de energia elétrica. A reitoria também pretende ilumi­nar a cidade universitária com lâmpadas de LED alimentadas por bateria solar.

Outro projeto em discussão é o uso de energia solar para geração de vapor, usa­do na lavanderia e em outros se­tores do Hospital Universitário.



Projetos de sustentabilidade e eficiência energética na Ilha do Fundão serão financiados com a verba da renúncia fiscal. O valor do imposto varia de acordo com o consumo, mas a subsecretária de Economia Verde do Rio, Suzana Kahn, estima que ficará entre R$ 8 milhões e R$ 10 milhões por ano. "Não existe fundo com esse propósito no País", diz Suzana.

Segundo ela, a iniciativa pode funcionar como modelo para pe­quenas cidades investirem em projetos sustentáveis. "O Fundo Verde tornará a UFRJ um labora­tório de práticas e tecnologias sustentáveis. Nosso câmpus é do tamanho de uma pequena ci­dade e esse projeto pode servir como piloto", completa.

O reitor da UFRJ, Carlos Levi, disse que há projetos de curto, médio e longo prazo. Geração de energia e mobilidade urbana são áreas consideradas prioritárias.

"Já posso vislumbrar usuários se deslocando na cidade univer­sitária em carros elétricos ou em nossos ônibus à base de hidrogê­nio", disse Levi no lançamento do fundo. Segundo ele, outra perspectiva é a implantação de linhas de trem de levitação mag­nética na cidade universitária. O reitor pretende demonstrar a viabilidade dessa alternativa, desen­volvida na universidade, como opção de transporte urbano.

O FundoVerde temum conse­lho gestor que ficará responsá­vel por avaliar e administrar os projetos. É formado por sete membros: dois da UFRJ, três do governo do Estado, um da con­cessionária de energia Light e ou­tro da comunidade tecnológica.

"Acredito que uma das priori­dades agora será a geração de energia na área hospitalar, mas isso ainda não foi definido pelo conselho", disse o vice-diretor da Coordenação dos Programas de Pós Graduação e Pesquisa em Engenharia (Coppe) da UFRJ, Aquilino Martinez, que também integraogrupo,junto com a con­sultora do Banco Interamericano de Desenvolvimento Econô­mico (BID) para projetos de Energia Sustentável, Renata Be­zerra Cavalcanti.

"O objetivo é que os projetos também possam ser aproveita­dos fora da universidade." Se­gundo Suzana, uma das repre­sentantes do governo, a ideia é que o câmpus tenha um sistema em rede - interligando geração, distribuição e uso final - que tor­ne possível o acionamento em função da demanda. "Não basta ter um equipamento para gerar energia renovável."

 jornal O Estado de São Paulo   16 jan 2012  Caderno Especial Planeta

Como funciona a Energia Solar Fotovoltaica

 



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