domingo, 30 de junho de 2013

A fotônica nas ferrovias, trens e metrô do Brasil




Fotônica é a ciência que trata da manipulação da luz, mais precisamente dos fótons, é uma ciência nova que teve seu inicio com as teorias de Max Planck e Albert Einstein, e o desenvolvimento industrial a partir do surgimento do Laser e da Fibra Óptica . Está em andamento uma Revolução Industrial Fotônica, surgida em prosseguimento ao desenvolvimento dos microprocessadores e microcomputador eletrônico com a introdução da fibra óptica na comunicação entre computadores na rede global de informática a internet.

AEAMESP - Promove de 10 a 13 de setembro de 2013 a 19ª semana Metro ferroviária

 A Associação do Engenheiro e Arquitetos do Metrô de São Paulo – AEAMESP , promoveu em sua sede no dia 05 de junho 2013 um Debate Tecnológico com a palestra sobre a Utilização de Fibra Ótica (FO) no sistema CBTC – Communications Based Train Control - Controle de Trens Baseado em Comunicação ao longo da via permanente (anel Ótico) e no material rodante, apresentada por Louis Eric e Said Hessari representantes da empresa Multinacional Suiça Huber+Suhner com instalações no Brasil, empresa que se fundiram em 1969 e foram fundadas em 1864 e 1883. 

A Huber+Suhner é uma empresa com 131 e 149 anos respectivamente de tradição em pesquisa e inovação no Estado da Arte e da fronteira tecnológica da modernidade e mais uma vez se coloca a frente ao desenvolver para o setor ferroviário a ultima palavra em inovação, com a introdução de fibra óptica para transmissão de dados via laser através de opto acopladores para a comunicação e acoplamento dos computadores eletrônicos e sistema de comunicação de controle dos trens e para atendimento dos passageiros usuários dos trens na utilização de celulares 4G, Tablets , SmartPhones e computadores pessoais.
 
Trem da CAF Brasil da CBTU Metrô Recife com equipamentos fotônico

A excelente palestra dos representantes da Hubner + Suhner,  Louis Eric e Said Hessari na AEAMESP demonstra que as ferrovias e metrôs brasileiro estão entrando na modernidade do sistema ferroviário a medida que o Metrô de Recife da CBTU está recebendo os novos trens da CAF construído e montado em Hortolândia – região de Campinas, já instalado com equipamento com tecnologia de cabos óptico especifico para operação ferroviária e o Metrô de São Paulo está implantado o seu sistema CBTC – Communications Based Train Control - Controle de Trens Baseado em Comunicação nas linhas 1, 2 e 3 com um sistema de anel em fibra óptica para interligar e realizar as interface com o sistema de rádio frequência com a finalidade de reduzir o intervalo entre os trens melhorando a segurança na operação dos trens do metrô de São Paulo.


A Fotônica pouco conhecida e já presente na vida dos brasileiros, e recém implantada nos novos trens e metrô do Brasil, vai aos poucos se firmando no setor ferroviário; cabendo a nós brasileiros estarmos participando e desenvolvendo soluções e aplicações da tecnologia Fotônica.







HUBER+SUHNER - História

 

 

HUBER+SUHNER RADOX® Fiber optic 

 


 

HUBER+SUHNER Innovative Copper Cables 




sexta-feira, 7 de junho de 2013

Governo de SP vai investir R$ 1,4 bilhão em 17 novos centros de pesquisa

O montante, também financiado por universidades paulistas, será pago em 11 anos


Davi Lira -  Jornal O Estado de S. Paulo
 
06 de junho de 2013 | 21h 14

O anúncio oficial dos novos centros foi feito pelo governador Geraldo Alckmin nesta quinta (6)  - Mauricio Rummens/Divulgação
Mauricio Rummens/Divulgação
O anúncio oficial dos novos centros foi feito pelo governador Geraldo Alckmin nesta quinta (6)de junho.
 O governador Geraldo Alckmin anunciou oficialmente nesta quinta-feira (6) os 17 novos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Os Centros, que reúnem cerca de 500 cientistas do Estado e 68 de outros países, serão custeados pela Fapesp e pelas universidades paulistas. O custo total dos centros será de R$ 1,4 bilhão. O orçamento compreende os 11 anos de duração do programa.


Do montante repassado aos projetos, R$ 760 milhões serão pagos pela agência de fomento estadual. Os outros R$ 640 milhões serão repassados pelas universidades para pagamento de pesquisadores e técnicos. Além das três instituições estaduais - USP, Unicamp e Unesp -, participam também do programa o Instituto Butantã e a Universidade Federal de São Carlos.


"O grande diferencial desse tipo de fomento é que os grupos de cientistas terão apoio a longo prazo para melhor trabalhar com seus problemas de pesquisa. E todos esses centros têm um caráter fortemente multidisciplinar", afirma Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp.A aplicabilidade das pesquisas desenvolvidas pelos centros nos setores comercial, industrial e social é outro aspecto destacado por Brito. 


Na cerimônia oficial de apresentação, Alckmin afirmou como sendo "essencial" o papel da pesquisa como instrumento de desenvolvimento do País. "Hoje é um dia muito importante, os 17 Cepids estão sendo lançados. Nós temos um investimento proporcional ao PIB como um dos mais elevados do mundo", disse o governador.


Dez dos 17 Cepids estão sediados em municípios paulistas do interior: Araraquara, Campinas, São Carlos e Ribeirão Preto. Além das atividades de pesquisas, os centros também são responsáveis por oferecer atividades de extensão voltadas para o ensino fundamental e médio e para o público em geral.


Pesquisa


O Centro de Pesquisa sobre o Genoma Humano e Células-Tronco, vinculado à USP, foi um dos Cepids selecionados. Segundo Mayana Zatz, coordenadora geral da unidade, com a seleção será possível aprofundar as pesquisas do centro.


"É a segunda vez que somos selecionados. Na primeira, em 2000, as pesquisas focaram no mapeamento de novos genes responsáveis por doenças genéticas. Agora, pretendemos ampliar as pesquisas sobre genética e instabilidade genômica associadas ao envelhecimento e a doenças degenerativas", fala Mayana.



O Centro sobre Genoma e Humano e Células-Tronco contará com investimentos de cerca de R$ 6 milhões anuais.
Desafios


Mesmo elogiando a iniciativa de criação de novos centros de pesquisa, o economista Claudio de Moura Castro, ex-diretor da agência federal de Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), alerta para alguns problemas ainda enfrentados pelos pesquisadores.


"São muito bem-vindos os Cepids, mas ainda precisamos desburocratizar mais a Ciência brasileira. A burocracia pública é muito lenta. Os recursos para os pesquisadores geralmente atrasam. Trabalhar com Ciência e Tecnologia requer um tratamento mais rápido", fala Castro.


Para Darcy de Almeida, presidente de honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (Sbpc) outro aspecto pode dificultar o andamento das pesquisas. "É preciso melhor instrumentalizarmos o processo de liberação de verbas. A tramitação dos pedidos ainda é muito lenta, e ainda são sujeitos a cortes. Isso não deve ocorrer", fala Almeida.


A pesquisadora da USP diz que ainda há uma outra questão que dificulta o andamento das pesquisas. "Precisamos desburocratizar o processo de importação de insumos para as pesquisas. Levamos meses para consegui-los. Em outros países, o prazo é mais reduzido”, diz Mayana Zatz, da USP.

Sobre o programa

De 2000 até 2013, a Fapesp já havia financiado um primeiro conjunto de 11 Cepids. Oito deles foram novamente contemplados, mas com novos direcionamentos dos projetos e das linhas de pesquisa. No segundo edital, das 90 propostas apresentadas, 17 foram aprovadas:


Centro de Pesquisa e Inovação em Biodiversidade e Descoberta de Novas Drogas
Centro de Pesquisa em Toxinas, Resposta Imune e Sinalização Celular
Centro de Terapia Celular


Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica 


Centro de Estudos da Metrópole

Centro de Pesquisa em Alimentos
Centro de Pesquisa, Educação e Inovação em Vidros
Centro de Pesquisa em Matemática Aplicada à Indústria
Centro de Pesquisa sobre o Genoma Humano e Células-Tronco
Instituto de Pesquisa sobre Neurociências e Neurotecnologia
Centro para o Estudo da Violência
Centro de Pesquisa em Obesidade e Comorbidades
Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias
Centro de Pesquisa em Processos Redox em Biomedicina
Centro de Pesquisa em Ciência e Engenharia Computacional
Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão em Neuromatemática
Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento de Materiais Funcionais 


Confira o mapa da distribuição dos Cepids no Estado de São Paulo:









terça-feira, 4 de junho de 2013

Embrapii é criada oficialmente em SP






Foi criada, ontem, oficialmente, a Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). 

A entidade faz parte do programa Inova Empresa, lançado em março pelo governo Federal e que terá investimento de R$ 33 bilhões.

O objetivo da Embrapii é fomentar projetos de cooperação entre empresas nacionais e instituições de pesquisa para a criação de processos e produtos inovadores.

Por RENAN CARREIRA, estadao.com.br

 Atualizado: 10/05/2013 13:56 |

Embrapii estará em funcionamento em 1 mês, diz Raupp


 

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, anunciou nesta sexta-feira, 10, que a Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) vai estar em funcionamento dentro de um mês. 

Ele deu a declaração em entrevista à imprensa durante a assinatura de constituição da Embrapii, uma parceria do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Ministério da Educação (MEC) e Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo.

O objetivo da entidade é fomentar projetos de cooperação entre empresas nacionais e instituições de pesquisa e desenvolvimento para a criação de produtos e processos inovadores.

 A Embrapii será uma Organização Social com capital inicial de R$ 1 bilhão para serem investidos em 2013 e 2014.

Jornal estadão 10  maio 2013




RBI - Revista Brasileira de Inovação



Imagem para capa da revista

A Revista Brasileira de Inovação tem o propósito de servir ao debate acadêmico e institucional sobre a inovação, contribuindo para o avanço da ciência brasileira e para o desenvolvimento nacional. 

A RBI é uma publicação semestral e está aberta à comunidade científica para divulgação de artigos originais e inéditos, resultados de pesquisas e trabalhos que contribuam para o resgate da história das instituições brasileiras no campo da ciência, da tecnologia e da inovação.

A revista dedica-se à publicação de artigos originais e inéditos e resenhas nas seguintes áreas de estudo:




• Economia industrial
• Economia da tecnologia
• Mudança tecnológica e organizacional
• Economia e sociologia da inovação
• Ciência, tecnologia e relação de trabalho
• Gestão da inovação
• Políticas de ciência, tecnologia e inovação
• História da ciência e da tecnologia


IGE Unicamp

Pintec levanta debate sobre inovação tecnológica no Brasil

 Tem razão o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, ao conclamar, no discurso de posse, as empresas brasileiras a investir "muito mais" em inovação. 

Enquanto isso não ocorrer, é retórica esperar que o país supere o nível de uma economia medianamente industrializada. Esse é o único consenso entre acadêmicos, analistas e instituições.

 Os resultados da Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec) referentes a 2008, recentemente divulgados colocaram boas polêmicas na mesa.


Os resultados da Pintec, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram recebidos com decepção ou reservas por alguns analistas. Já o Banco Nacional para o Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), principais responsáveis pelo fomento à inovação no país, viram avanços.

 A Pintec 2008 é o retrato mais recente e completo do estágio em que se encontra o Brasil na área da inovação.

Apesar de a taxa de inovação na indústria (percentual que representa o total de indústrias ouvidas dividido pelo total das que disseram ter introduzido pelo menos uma inovação) ter passado de 33,4% em 2005 para 38,1% em 2008, o economista David Kupfer, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e um dos principais estudiosos da evolução industrial do país, constatou que quando visto mais de perto, com lupa, o resultado não é tão auspicioso quanto possa parecer.

Ele constatou que das 100,5 mil indústrias pesquisadas, apenas 4,2% realizaram atividades internas de pesquisa e desenvolvimento em 2008, ante 5,6% na Pintec de 2005. O dado é o principal indicador do esforço inovativo feito pelas empresas industriais. "Eu gosto de ver mais as variáveis de esforço do que de resultado", disse Kupfer. Ressalvando a necessidade de que seja feito um mergulho mais profundo nos números da Pintec, ele alinhou outros dados que, na sua opinião, corroboram sua relativa decepção.

Outros dados

Sempre comparando 2008 com 2005, os gastos da indústria de transformação com pesquisa e desenvolvimento (P&D) caíram de 2,8% para 2,6% do faturamento. A proporção de pessoas ligadas a atividades de P&D em relação ao pessoal total caiu de 0,80% para 0,69%, e o número de mestres e doutores aumentou apenas de 4.280 para 4.340 em três anos.

De acordo com o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), a Pintec mostrou um crescimento de 10%, com o total dos gastos empresariais na área passando de 0,49% para 0,54% do PIB. Analistas do Ipea compararam o avanço brasileiro com o de outros países e concluíram que o esforço brasileiro, embora expressivo, está sendo muito pequeno quando considerada a necessidade que o país tem de investir para reduzir o fosso tecnológico entre ele e os países que estão na fronteira tecnológica.

Os 10% de avanço brasileiro em relação a 2005 foram inferiores aos 12% dos Estados Unidos, aos 21% da China, aos 23% da Espanha, e aos incríveis 145% de Portugal, onde a taxa de investimento das empresas em P&D passou de 0,31% para 0,76% do PIB. Com base nos dados analisados, os técnicos do Ipea calculam que aumentando os investimentos no ritmo atual o Brasil precisaria de 20 anos para chegar aos níveis europeus.

Para Kupfer, a decepção veio também por conta da falta de resultados mais expressivos em um período no qual a economia brasileira cresceu em ritmo mais acelerado. De 2006 a 2008 o PIB brasileiro expandiu-se a uma média anual de 5,1%. "Parece que a indústria brasileira não investe em inovação na fase ruim porque está ruim e também não investe na fartura porque está farto", provocou.

9 mil empresas a mais

Já o presidente da Finep, Luis Fernandes, considera que o economista David Kupfer está "excessivamente pessimista, inclusive com os dados". Ele disse que a próprio crescimento da taxa de inovação na indústria para 38,1% "não é desprezível", considerando que essa taxa "estava estagnada na casa dos 33% até 2005". "São 9 mil empresas a mais que inovaram", ressalta.

Fernandes destacou também, no que toca ao esforço de pesquisa, o aumento de 0,57% para 0,62% do percentual do faturamento das indústrias destinado a pesquisa e desenvolvimento (P&D). Outro dado positivo destacado pelo dirigente da principal agência de fomento à pesquisa tecnológica do Brasil foi o fato de ter passado de 18,8% para 22,3% o percentual de empresas inovadoras que utilizaram pelo menos um mecanismo de apoio governamental.

Fernandes resume assim o quadro que viu dos números da Pintec: "Precisamos melhorar muito, mas ficamos satisfeitos em ver uma evolução na direção correta". O presidente da Finep também ponderou os efeitos da crise econômica mundial cujos impactos começaram a ser sentidos em 2008 para explicar retração dos investimentos privados em inovação.

Também o BNDES, que nos últimos anos aumentou muito sua participação nos mecanismos de apoio estatal à inovação, considera que a leitura da Pintec feita pelos analistas precisa ser ponderada, mesmo admitindo que há um longo caminho a percorrer. Para Claudio Leal, superintendente de planejamento do banco, o período de 2006 a 2008 compreendido pela última pesquisa do IBGE "não é capaz de captar" os resultados dos diversos mecanismos de apoio à pesquisa e desenvolvimento e à inovação no Brasil.

Processo positivo

"Estamos com a Finep, há um processo positivo", disse, ressaltando que esse aspecto positivo existe mesmo quando o avanço é obtido só com a compra de máquinas e equipamentos mais modernos.

Ele destacou o crescimento do interesse de empresas estrangeiras de instalarem centros de pesquisas no país, especialmente na área de petróleo, e o aumento da disponibilidade de financiamento, liberando a empresa de usar recursos próprios para inovar.

Somente o BNDES possui hoje 15 mecanismos de fomento voltados para a inovação. No conjunto, eles desembolsaram R$ 563 milhões em 2009, no total de 156 projetos, saltando para R$ 999 milhões em 217 projetos, de janeiro a outubro de 2010.

O relatório anual de utilização dos incentivos fiscais da chamada Lei do Bem (nº 11.196/2005) referente a 2009, recentemente divulgado pelo MCT, também reflete o clima de otimismo, com ressalvas, existente no governo quanto aos avanços do país em P&D e inovação.

Nas suas conclusões, o trabalho do MCT também destaca a necessidade de uma evolução maior. Considerando que o total de empresas beneficiárias dos incentivos fiscais da Lei do Bem corresponde a 14,5% do total de empresas que investiram em P&D no Brasil (dados da Pintec 2008), o ministério diz que "a participação do empresariado brasileiro nos investimentos em P&D ainda é bastante tímida".

Direção certa, caminho longo

"Essa situação não é compatível com o atual sistema de educação e de ciência e tecnologia do Brasil, o que tem provocado um descompasso entre a tênue geração de inovação das empresas brasileiras e a alta competência técnico-científica das nossas universidades", diz o trabalho, corroborando, de certa forma, o economista David Kupfer quando diz, aplaudindo a Lei do Bem: "Não estamos na direção errada, mas ainda temos muito que andar".

O economista Antonio Barros de Castro, também professor da UFRJ, ex-presidente do BNDES, reconhece que entre os estudiosos da temática da indústria no Brasil "ninguém se entusiasmou" com o resultado da Pintec. Segundo ele, o mais impressionante é que na 4ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia, realizada em maio deste ano, "ficou evidente que o Brasil vem acumulando forças para um possível desejado ingresso na economia do conhecimento".

Entre os sinais desses esforços, ele enumerou o aumento da verba do MCT "de US$ 600 milhões para US$ 2 bilhões em uma década" e a multiplicação de órgãos, tanto na esfera federal como na estadual e na municipal, voltados para o incentivo à busca da inovação.

"Sessenta por cento dos gastos com inovação na América Latina vêm do Brasil", resume Castro, que acrescenta: "Os resultados, porém, são bastante modestos". Ele acha que o furacão China inibe o apetite inovador do empresário e sugere, como vem fazendo há muito tempo, que o Brasil busque adensar as cadeias produtivas em áreas nas quais pode ser líder, como o petróleo em águas profundas e o etanol.

Da redação, por Luana Bonone, com informações de Chico Santos e Heloísa Magalhães, 

do Jornal Valor Econômico

Portal Vermelho - PCdB

 6 de Janeiro de 2011 - 11h37 

Verme
 

Uma análise quantitativa dos dados da PINTEC 2008



Fatores que Influenciam a Probabilidade de Ocorrência de Inovação 

Tecnológica em Micro e Pequenas Empresas Brasileiras: 

Uma Análise Quantitativa dos Dados da PINTEC 2008.




Palestrante: Marco Antônio Silvestre Leite é graduado em Economia pela FEA/USP e mestre em Administração de Empresas pela FGV/EAESP.

Trabalha há 8 anos no atendimento a micro, pequenas e médias empresas.

 No seminário, irá identificar os fatores que influenciam a inovação tecnológica em micro e pequenas empresas brasileiras, por meio da análise dos dados secundários da Pesquisa de Inovação Tecnológica (PINTEC 2008), conduzida pelo IBGE.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Cérebro de formiga





Processadores menores que um grão de areia permitirão colocar computadores em quase qualquer objeto 

Uma formiga sozinha é inofensiva. Até mesmo a rainha, retratada em desenhos animados como estrategista, não passa de uma operária cuja única função é gerar novas crias. Em conjunto, no entanto, não há quem possa com elas. 

Há formigueiros tão grandes que seriam inimagináveis em nossa escala. A formiga argentina, nativa do Pantanal, pega carona em navios para se espalhar pelo mundo, formando super colônias. A maior delas contorna o mar Mediterrâneo. Seus parentes habitam um formigueiro de 900 quilômetros no litoral da Califórnia e outro de tamanho equivalente no Japão. 

O planeta está dividido entre as duas civilizações que desenvolveram técnicas de organização social, cultivo de plantas, criação de comida e guerra. Nós somos a segunda. Com cerca de 1,6 milhão de formigas para cada ser humano, as biomassas das duas espécies se equivalem. 

Esse mecanismo emergente de coordenação indireta, presente nos insetos de comportamento social, como vespas e abelhas, é chamado de estigmergia, e tem influenciado várias pesquisas em inteligência artificial. 

Na natureza, as formigas inicialmente andam sem rumo, em busca de comida. Quando encontram, voltam para a colônia deixando um rastro de feromônios que será identificado e seguido por outros. Com o tempo, os feromônios evaporam, deixando marcada somente a trilha mais usada. 

É impressionante como um conjunto de tarefas pequenas pode gerar estruturas tão grandes. Mas essa organização emergente é mais comum do que parece. Em uma favela, por exemplo, não há arquitetos ou urbanistas a planejar a posição de casas e ruas. Cada barraco é construído segundo regras bastante simples de convívio, que geram estruturas que desafiam morros e vales, a ponto de, na ocorrência de incêndios nelas, a maioria das perdas ser só material. 

Algoritmos de simulação e interação pesquisam o comportamento de formigas e abelhas, procurando compreendê-lo e otimizá-lo para várias aplicações, deslocando parâmetros para testar todas as soluções probabilísticas, combinando técnicas e decidindo qual a melhor a usar. 

Suas aplicações podem ser extensas, como a determinação de rotas para veículos autônomos e a medicina em escala celular, com nanorrobôs para caçar tumores. Algumas de suas aplicações práticas já podem ser vistas nos efeitos especiais em cinema e games, como as batalhas de "Senhor dos Anéis" e as revoadas de morcegos em "Batman". 


Já existem protótipos de impressoras 3D capazes de posicionar centenas de milhares de processadores menores do que um grão de areia, no lugar e na orientação precisa. Elas serão capazes de criar computadores em praticamente qualquer objeto, capazes de identificar mudanças de temperatura, pressão ou situação e, a partir dessas informações, agir. O resultado pode ser uma camiseta que está sempre na temperatura certa, um sapato que nunca escorrega ou aparelhos muito mais sofisticados do que os que hoje temos a ousadia de chamar de computadores. 

Por ser capaz de criar estruturas simples, baratas, robustas e extremamente resilientes, essa inteligência permitirá que, em um futuro próximo, a percepção do ambiente esteja em praticamente todos os objetos, de roupas a naves espaciais, medicamentos a casas. 

É um tipo muito estranho de inteligência, mas não duvido que nos acostumemos rapidamente a ela. Da mesma forma que os objetos um dia foram enriquecidos com eletricidade e fibras sintéticas, não tardará para que tenham uma camada computacional. 

 Luli Radfahrer


Folha de São Paulo

Sensor que acusa adulteração de combustível vence desafio de startups

Equipe vencedora vai passar um mêes no Vale do Silício e concorre a prêmio de US$ 100 mil


JF Diorio/Estadão
JF Diorio/Estadão
Sensor venceu desafio
 Um sensor que acusa a adulteração de combustíveis. Essa foi a ideia vencedora do Desafio Intel. Uma disputa que envolveu 10 startups de universidades em todo o Brasil. O responsável pelo projeto vitorioso vai passar um mês no Vale do Silício, nos Estados Unidos, e terá a chance de disputar uma prêmio de US$ 100 mil.

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A equipe vencedora, “Gloriosos”, é formada por universitários da Unicamp e desenvolveu um sensor que analisa líquidos e gases e permite, entre outras coisas, controlar a qualidade da gasolina e do etanol. "Criamos um sistema barato, preciso, que ainda pode ajudar o computador de bordo dos veículos a regular a autonomia, taxa de injeção de combustível, otimizando, assim, o desempenho do motor, reduzindo as emissões de gases do efeito estufa e gerando economia de combustível", afirma Thierry Marcondes, um dos integrantes da startup.

Participantes. As propostas apresentadas no desafio eram variadas. A Can Game, de Recife, apresentou um jogo para auxiliar o tratamento de crianças autistas. O objetivo do projeto é intensificar o desenvolvimento cognitivo e reduzir a agitação, a agressividade e a irritabilidade dos pacientes.

Já a Domotic Center quer facilitar a vida das pessoas em suas casas. Os produtos da startup de Santa Catarina permitem que os usuários acendam e apaguem lâmpadas por meio de tablets, smartphones e computadores. O projeto é desenvolvido há dois anos e meio por quatro jovens com idades entre 22 e 27 anos. "Nós descobrimos que os produtos oferecidos para automação residencial exigem projetos com reformas incômodas, controles antiquados e preços exorbitantes. Percebemos um nicho no mercado e a oportunidade de empreender", conta Dimas Broering, aluno do curso de engenharia elétrica, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), em Joinville.

O objetivo do Desafio Intel é incentivar esse tipo de iniciativa. “Queremos despertar a curiosidade e o interesse e revelar projetos que sirvam de exemplo para outras pessoas que queiram seguir uma trilha semelhante. A ideia é estimular os jovens a entrar na vida empreendedora”, afirma Emílio Loures, Diretor de Assuntos Corporativos da Intel do Brasil.

Próxima Fase. Um representante da "Gloriosos" vai passar o mês de julho em um programa de imersão no Vale do Silício, região nos Estados Unidos que concentra algumas das principais empresas de tecnologia do mundo. Entre as atividades programadas estão cursos, visitas a empresas e encontros com outros empreendedores e com fundos de investimento. O projeto brasileiro vai disputar com outros representantes da América Latina uma das três vagas para a etapa global da competição que acontece em outubro e dá ao vencedor um prêmio de U$ 100 mil.


MARIO BRAGA, ESPECIAL PARA O ESTADO

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Tecnologia| 03 de junho de 2013 | 7h 04

Paradoxo da produtividade por Renato Cruz - Jornal Estadão


Quando uma tecnologia surge, as pessoas demoram algum tempo para descobrir como usá-la. E isso vale até mesmo com as tecnologias mais simples. Na semana passada, conversava com o jornalista Mauro Malin e ele me perguntou se eu sabia que, entre a invenção da comida enlatada e a do abridor de latas, se passaram 48 anos. Não sabia.

A comida enlatada foi criada em 1810 por Peter Durand, um comerciante de Londres. Ele aperfeiçoou a técnica de conservação de alimentos proposta pelo francês Nicolas Appert, que havia proposto colocar frutas, vegetais e carnes em garrafas, para depois emergi-las em água fervente, para matar as bactérias. No lugar dos frágeis recipientes de vidro, Durand empregou resistentes latas de ferro, que poderiam ser transportadas por soldados ou pela Marinha Real Britânica.

O problema era abrir essas latas. Para comer, muitas vezes os soldados tinham de atacar o recipiente com facas, baionetas e até atirar nele com rifles. Algumas latas chegava a trazer a instrução: "Faça um corte circular no topo com uma talhadeira e martelo". Depois da troca do ferro pelo aço como matéria-prima na década de 1850, o que reduziu o peso e trouxe mais flexibilidade para as latas, o americano Ezra Warner registrou, em 1858, a patente do primeiro abridor de latas. (Para quem quiser saber mais sobre o assunto, a história está no livro A evolução das coisas úteis, de Henry Petroski.)

Há duas semanas, Hélio Graciosa, presidente do CPqD (centro de pesquisas de telecomunicações), citou, durante um evento, reportagem publicada pela Folha sobre o economista americano Robert Gordon, para quem os computadores e a internet não tiveram o mesmo impacto positivo que revoluções tecnológicas anteriores, como a máquina a vapor e a eletricidade. Prova disso seria a desaceleração do crescimento médio da produtividade dos EUA, que, na década de 1970, passou de cerca de 2% ao ano para 0,8%.

A discussão do chamado "paradoxo da produtividade" já vem de algumas décadas. Num estudo publicado em 1997, os economistas Erik Brynjolfsson e Lorin Hitt destacaram que demorou quase 40 anos para que a introdução do motor elétrico nas fábricas produzisse um aumento significativo de produtividade.

No começo, as fábricas simplesmente substituíram o grande motor a vapor central por um motor elétrico, sem nenhuma redefinição de processos de trabalho. Com essa configuração, não houve aumento significativo de produtividade.

A mudança só aconteceu quando, no lugar de um grande motor central, diversas máquinas foram distribuídas pela unidade fabril, cada uma delas com seu pequeno motor elétrico. Da mesma forma, talvez estejamos apenas começando a usar a internet como ela realmente deve ser usada.

Por RENATO CRUZ -  O Estado de S.Paulo

02 junho 2013

domingo, 2 de junho de 2013

Inovação é tema de fórum na terça-feira

 Evento começa às 8h, no Hotel Renaissance, na Alameda Jaú, em São Paulo; na quinta-feira, o 'Estado' traz caderno especial sobre o fórum

A inovação é essencial para a competitividade da economia brasileira. Para debater esse tema, o jornal O Estado de S. Paulo e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, realizam na terça-feira, em São Paulo, o fórum Investimentos em Inovação para a Competitividade.

Durante o evento, executivos de grandes empresas e representantes do governo vão discutir a inovação como diferencial competitivo. Entre os temas em debate estão a importância de investimentos públicos e privados em inovação, quais os impactos de curto e longo prazo dos investimentos e o que ainda precisa ser feito para disseminar essa cultura no País.

As empresas que inovam lucram mais, pagam salários melhores, empregam mais e exportam mais. "Um número crescente de empresas passou a incorporar inovação na sua estratégia", diz o presidente da Finep, Glauco Arbix. "Ninguém ousa montar uma estratégia empresarial séria hoje no Brasil sem incorporar a ideia de inovação."

A mais recente Pesquisa de Inovação Tecnológica (Pintec), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que o porcentual de empresas brasileiras inovadoras em processos ou produtos subiu de 34,4% em 2005 para 38,6% em 2008.

Apesar do avanço, ainda existe muito a ser feito. "Mais da metade das empresas brasileiras não inova. Estão muito ocupadas com a legítima sobrevivência imediata e não conseguem olhar o longo prazo, tampouco a competitividade no curto prazo", diz Carlos Eduardo Calmanovici, presidente da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei). "É necessário sinalizar claramente às empresas que elas podem assumir riscos, que podem ser ambiciosas, que podem se lançar em novos projetos, porque a política econômica focará no futuro da indústria e da economia."

O evento contará com a participação do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp; de Glauco Arbix, da Finep; do presidente do Grupo Estado, Francisco Mesquita Neto; e do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, além de representantes de empresas como Grupo Ultra, Bematech, Arezzo, Natura, Fras-Le, Cristália, AGV Logística e Grupo Ourofino.

Na quinta-feira, o Estado trará um caderno especial sobre o fórum. 

O evento está marcado para terça-feira, a partir das 8h, no Hotel Renaissance, 

Alameda Jaú, 1.620, Bela Vista, São Paulo. 

As inscrições, gratuitas, podem ser feitas pelo e-mail 

estadao@fdeventos.com.br.


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Atualizado: 02/06/2013 02:06 | Por estadao.com.br


Presidente da Finep: "Qualquer projeto de inovação terá resposta de financiamento em até 30 dias"

TV Estadão | 06.04.2013
Segundo Glauco Arbix, da Financiadora de Estudos e Projetos, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, é preciso investir nas áreas de conhecimento justamente nos períodos de crise